Como encontrar o seu nicho ideal

A maioria das pessoas tem dificuldade em escolher um nicho específico. Podem ter uma ideia sobre mais ou menos onde se querem focar, mas não têm nada definitivo.

Este artigo vai ajudar a descobrir o seu nicho ideal, seja para complementar o mercado ou público-alvo que já tem, ou para escolher uma nova aventura empreendedora.

Sugestão 1 – Reveja os seus atuais e anteriores clientes

Um bom sítio é começar por ver os seus clientes anteriores (ou atuais), e aí identificar os melhores clientes, aqueles com os quais gostou de trabalhar e foi bem pago por isso.

Quais os fatores comuns dos seus melhores clientes? Trabalham todos na mesma indústria? Ou ajudou-os com algum problema específico? Eles têm todos funções semelhantes nas empresas onde trabalham?

Talvez os seus melhores clientes estejam na área da moda, de clínicas médicas, ou talvez sejam startups ou gestores de marketing.

Quando tiver identificado alguns pontos em comum comece a colocar essas pessoas/empresas em categorias para perceber se dá para criar um nicho a partir disso.

Sugestão 2 – Avalie as suas ideias para nichos

Existem três fatores que tem de ter em consideração quando estiver a escolher um nicho:

  1. viabilidade económica
  2. competências distintivas
  3. paixão pelo que faz

1. Viabilidade económica

A viabilidade económica significa: consigo fazer dinheiro com isto?

Eis algumas questões para pensar neste ponto:

  • Existem clientes neste nicho com problemas urgentes, de alto valor, para os quais eu consiga apresentar uma solução?
  • Eles sabem quais as suas necessidades, e estão à procura de soluções?
  • Têm dinheiro para pagar por ajuda profissional?
  • Já contrataram anteriores profissionais ou consultores para os ajudar?
  • Há clientes deste tipo suficientes para tornar este negócio sustentável para mim?
  • Serei capaz de alcançar estas pessoas com o meu marketing e será que elas estarão recetivas e que as consigo identificar?

Este último ponto é importante.

Por exemplo, se você for um coach pessoal, o seu tipo de cliente ideal poderá ser pessoas que estão empregadas mas insatisfeitas com a vida ou com a sua atividade, mas como é que encontra estas pessoas? Como é que sabe que a pessoa perdeu a sua motivação? Que meios ou métodos irá usar para chegar a estas pessoas, e será que irão estar recetivas à sua comunicação?

Se não conseguir chegar aos seus clientes ideais, nunca o irão contratar.

Uma maneira de conseguir fazer isto, é ir ao planeador de palavras-chave do Google, colocar as suas keywords e descobrir quantas pessoas estão à procura dessas palavras específicas mensalmente.

Coloque palavras relacionadas com os seus serviços e problemas que resolve, e poderá ficar surpreso com alguns dos resultados que aparecem, que têm como base as pesquisas que as pessoas fazem.

Voltando à viabilidade económica, e se você consegue faturar com isto ou não.

O ideal será encontrar um problema que muitas pessoas numa determinada área ou indústria têm, e a partir daí, afunilar para um segmento mais específico. Por exemplo, se eu fosse um personal trainer que ajudasse pessoas a ficar em forma, eu podia ser mais específico e posicionar-me como um trainer que ajuda gestores +40 anos a perder barriga e ganhar músculo.

Saber o problema que pode resolver dá motivação ao seu mercado para o contratar, especialmente se for mais específico para as pessoas a quem vai comunicar a sua mensagem.

2. Competências distintivas

Que conhecimento, competências e experiência tem que o podem distinguir dos seus concorrentes e fazer com que seja a primeira escolha que as pessoas querem no seu nicho?

Às vezes focar-se apenas num nicho é o suficiente se o mercado for novo, e se for das poucas pessoas que entrou. Mas se esse nicho for apelativo, não vai demorar muito até ter concorrentes.

Por exemplo, hoje em dia parece haver muito mais coaches pessoais e consultores de marketing do que havia quando comecei a minha agência.

3. Paixão pelo que faz

Algumas pessoas consideram isto o fator mais importante.

Se você for apaixonado pelo que faz, irá estar mais empenhado para ter sucesso no seu nicho, e irá continuar a desenvolver as suas competências (e o seu nome), o que lhe vai permitir estar à frente dos concorrentes.

Terá um interesse genuíno pelos seus clientes e irá conhecer bem o tipo de pessoas com as quais interage, sabendo os seus problemas e aspirações.

Ao ter paixão pelo que faz, poderá aguentar-se “à barra” nos tempos mais difíceis. Poderá passar até bastante do seu tempo livre a falar sobre o seu assunto nas redes sociais, a fazer conexões com outras pessoas e quem sabe a abrir portas para novos empreendimentos.

A paixão tem de ser genuína, não pode ser disfarçada. Quando é autêntica, as pessoas notam e isso irá ser vantajoso a longo prazo. Irá começar a ganhar nome no seu nicho de mercado, alguém a quem as pessoas podem procurar por ajuda e conselho.

Assim quando precisarem de ajuda, será o primeiro a quem se lembram de recorrer.

É óbvio que ter paixão, só por si, não é suficiente. Você pode ser apaixonadíssimo por ver séries de TV o dia todo e ninguém lhe pagar por isso.

Ou pode acontecer que tem paixão sobre alguma atividade lucrativa mas ainda é principiante e não tem ainda aquela “bagagem” para poder ajudar o seu público-alvo.

Resumindo, para um nicho lucrativo, é necessário viabilidade económica, competências distintivas e paixão.

Sugestão 3 – Foque os seus esforços no seu nicho

Quando tiver uma ideia concreta sobre o que será o seu nicho, tem agora de a tornar uma realidade.

Crie um plano de ação, começando pelo seu marketing. Perceba quem é o seu avatar, ou seja, o seu tipo de cliente e coloque-se na mente dele. Isto é particularmente importante se estiver a entrar dentro dum novo nicho.

Depois, saiba como irá chegar a essas pessoas nesse nicho. Poderá experimentar métodos como networking, referências de clientes passados, correio direto, anúncios pay-per-click, entre outros.

Experimente um método, veja se tem resultados, se tiver, continue, se não tiver, experimente outro, e elimine outras atividades de marketing que não sejam aplicáveis no seu nicho.

Se aquele evento de networking que costuma ir todos os meses não tem o tipo de clientes que está à procura no seu nicho, porquê ir de todo?

O seu website mostra claramente o tipo de clientes com os quais trabalha e como os ajudou? O mesmo se aplica ao seu perfil LinkedIn.

Todos os meios e sítios onde tem a sua presença devem estar alinhados com o seu nicho, e remover toda a informação desnecessária que não é útil.

No entanto se um potencial cliente quiser trabalhar consigo e não fizer parte do seu nicho, não quer dizer que não possa trabalhar com ele, mas não invista os seus esforços à procura de pessoas que não façam tipicamente parte do seu segmento de mercado.

E isto pode ser difícil de fazer, porque a sua vontade será “quanto mais melhores”, e se bem que ter um mercado grande é bom, por vezes quem muito tenta pouco acerta. “Poucos mas bons” será uma melhor estratégia a seguir.

Quando o fizer, poderá ficar surpreso em quanto tempo e energia mental isto lhe poupa, porque estará mais produtivo e empenhado atrás das pessoas que realmente interessam.

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