O email marketing é um canal muito eficaz, mas será que os smartwatches vão complicar as coisas?
Quem não tem um smartwatch pode achar o aparelho inútil ou redundante, mas quando se é dono de um, percebe-se a sua vantagem.
Este artigo mostra como os smartwatches começam a mudar o comportamento dos consumidores e como isso afeta as empresas e marketers que querem fazer uso do email marketing como uma estratégia eficaz.
O smartwatch impactará o email marketing
A maioria das pessoas raramente lê os emails por inteiro no seu smartwatch. Isto é devido ao ecrã pequeno disponível pelo aparelho, mas talvez também pelo tipo de email (apenas em texto, ou texto e HTML, mas já lá vamos).
Quando recebemos um email, a tendência é para dar uma espreitadela no relógio e ver de quem é, e se é algo que vale a pena perder tempo. Com um deslize rápido pode-se marcar o email como lido ou apagá-lo. Isto significa que, se o smarthwatch ficar popular, a taxa de atenção de emails vai ser menor.
A Apple, com o seu Apple Watch, irá provavelmente marcar uma nova era no mundo da wearable technology. Mesmo os céticos irão eventualmente apreciar a conveniência, funcionalidade, funções e benefícios.
Se não for fã de produtos Apple, tem o seu rival no Android, com o Android Wear. Independentemente o tipo de smartwatch que for dominar o mercado, existem quatro formas em como digital marketers e as empresas deverão pensar nas suas campanhas de email nos próximos tempos, para se prepararem para estas tendências de aparelhos “vestíveis” (smartwatch, google glasses).
Conteúdo curto será o novo rei
“Content is king” transformar-se-á em “Long live the short king”.
O smartwatch pode ter boa usabilidade e várias funcionalidades, mas tocar em links e consumir/navegar pela web não é prático num aparelho deste género.
[bctt tweet=”Com os smartwatches, ‘content is king’ passará a ser ‘short content is king'”]
Assim é importante que o conteúdo que apresenta demonstre valor imediatamente e que mostre que o que vem a seguir é interessante. Conteúdo longo não irá provavelmente ser lido, ou será marcado como lido ou apagado da caixa de entrada.
O conteúdo do email deve ser curto e interessante, que é mais fácil dizer do que fazer, mas valerá a pena o esforço.
Texto plano terá mais força
O assunto, sub-título e texto de abertura têm de ser curtos e sucintos, isto para que consigam ser vistos num smartwatch. Mas isto não significa que tem de descurar a garra e criatividade dos seus textos nos emails.
As versões em texto plano ainda são uma boa prática de se usar, e vão ser ainda mais importantes com esta tendência da tecnologia wearable.
Todos os smartwatches apresentam versões alternativas de texto plano em emails, desde que possível. Isto significa que as imagens bonitinhas ou GIFs animados não vão ser vistos pelo seu público-alvo, a menos que o utilizador do smartwatch seja melhor que o Ghandi a nível de paciência, esperando que o buffer seja feito e os conteúdos descarregados.
Por isso certique-se que a sua versão de email em texto alternativo é apenas isso, texto plano, com conteúdo curto e sucinto. Se o fizer, é mais provável que seja o utilizador que ache o conteúdo relevante e o queira consumir e envolver-se com a sua mensagem. Se não o fizer (não apresentar versão de texto plano), arrisca-se a não ter nenhum utilizador deste aparelho a interagir com os seus emails.
Taxas de abertura vão cair, mas calma…
Caso o Apple Watch, o Android Wear ou outros que entrem em cena se tornarem no “novo” smartphone dos próximos tempos, as taxas de abertura dos emails vão baixar, e algumas pessoas vão andar a coçar a cabeça, perplexas.
Vai ter de haver uma mudança na abordagem aos emails se queremos ter mais “tempo de antena” dos utilizadores.
A maioria dos clientes de emails mostra as estatísticas de abertura com imagens, e pelo facto do smartwatch apenas mostrar emails HTML na sua versão alternativa de texto plano, os relatórios tornar-se-ão um problema.
Alguém pode ler e consumir o conteúdo sem sequer “abrir” o email no seu telefone ou computador. Juntando a isso o facto de que não se consegue, em smartwatches, tocar em links ou envolver-se com o conteúdo de forma relevante, e temos aqui um problemazeco para os marketers e as empresas.
Então qual é a solução?
A solução é “Visite o website” ou “Ver online”.
É comum vermos este texto por cima do cabeçalho dos emails. Se um email não exibir corretamente no Outlook, Thunderbird ou outro cliente de email que o utilizador esteja a usar, existe normalmente a opção de “ver online”, no topo do email.
Se o uso dos smartwatches se tornar tão frequente quanto os smartphones, “ver no seu telefone” pode ser o próximo passo para resolver estas dores de cabeça. Se o conteúdo é importante para o utilizador, ele(a) irá clicar no link para carregá-lo no browser do seu aparelho móvel, ou seja, será uma espécie de ferramenta de bookmark para se lembrarem de ler aquilo mais tarde no telefone.
Ou talvez apareçam apps que filtram os emails do seu relógio e os coloquem em fila para ser vistos e consumidos no seu telefone quando a altura for mais propícia.
Se os smartphones mudaram as regras do email marketing, então os smartwatches vão partir a loiça toda.
[bctt tweet=”Se os smartphones mudaram as regras do email marketing, então os smartwatches vão partir a loiça toda.”]