Mandar fazer um novo site é como criar um filho: há tantas formas das coisas correrem mal que até começam a surgir dúvidas se foi a melhor coisa a fazer. Se cometer erros suficientes, poderá vir a pagar por eles nos anos vindouros.
De certa forma, a analogia é bastante prática: se lhes der uma má educação, os seus filhos podem vir a precisar de ajuda psicológica, o que por sua vez é tentativa de remediar uma coisa que poderia ter sido prevenida.
[bctt tweet=”Mandar fazer um novo site é como criar um filho: há tantas formas das coisas correrem mal”]
E isso é como mandar criar um website, algo que foi mal concebido e implementado desde o dia da sua conceção.
É por isso que a prevenção é a melhor cura. Para saber como estragar o seu website, a única coisa que tem a fazer é não ler nem aplicar estas 8 dicas preventivas. Mas se quiser evitar cometer estes erros com o seu novo site, é melhor começar a ler.
1. Não definir objetivos claros
Toda a gente sabe que o objetivo do seu site é promover o seu negócio. Tudo bem. Mas as pessoas esperam mais do seu site do que se for apenas uma brochura online.
Um erro típico com a maioria dos websites é não ter objetivos bem definidos, que vão para além do “eu eu eu”, em que só olha para o seu umbigo.
O que é que quer fazer? O que é que quer como resultado dum website? Não envie o seu briefing para a sua agência de design a pedir “façam algo fixe” e depois queixar-se dos resultados.
Isso é como ir a um centro de SPA e dizer ao massagista “surpreenda-me”, e ficar feito num oito quando ele lhe decidir aplicar a sua nova técnica experimental de massagem “quebra-nozes”.
O que é que quer fazer? O que é que quer como resultado dum website?
Precisa de atrair leads? Crie um briefing que detalha claramente a estratégia para isso e que se foque em conversões. Não sabe criar um briefing/estratégia deste género? Contrate um profissional.
Precisa de enfatizar o componente e-commerce do seu site? Então mencione que o site deve colocar destaque nos produtos e serviços.
Que tipo de estética visual está à procura? Que outros websites são parecidos com aquilo que gostaria de ver no seu – e porque é que gosta deles? Que informação é que precisa ser salientada no website?
Não sabe criar um briefing/estratégia deste género? Contrate um profissional.
Quão seguro é que o website precisa de ser e que mais funcionalidades precisa de ter? Quão importante é a adaptação do site para dispositivos móveis? Os seus potenciais clientes usam muito os móveis? Quanto mais detalhe der, mais feliz vai ficar com o resultado final.
Sugira à agência um prazo realístico para a conclusão do website, ou pergunte-lhes se o prazo que tem em mente é possível, pois muitas vezes os clientes não se apercebem que estão a pedir coisas impossíveis.
Peça igualmente se existem fases ao longo do projeto. Por exemplo, na nossa agência, começamos com um mapa do site, depois as wireframes e os testes. Assim, trabalha-se de forma profissional, ao avançar por fases.
Se a agência hesitar com estas suas sugestões, procure noutro sítio, porque alguém que está com medo de trabalhar por fases não será um fornecedor de serviço credível.
2. Poupar no copywriting
Assim como desenhar e dar opiniões, escrever é uma disciplina que a maioria das pessoas tem alguma competência, mas é preciso separar o trigo do joio, entre um amador e um profissional.
[bctt tweet=”Assim como desenhar e dar opiniões, a escrita é uma disciplina que a maioria das pessoas tem alguma competência”]
Se está a pensar em criar a sua própria web copy (texto) para o site, ou dar ao seu departamento de marketing ou ao seu “facebookgiário”, não o faça, ou irá arrepender-se. Isto porque eles provavelmente não conseguirão fazer esse serviço a tempo, com todas as outras coisas que já têm de fazer.
Se é o responsável ou CEO da empresa, de certeza que não terá isso pronto a tempo. Um dos maiores erros que pode fazer é entrar em atalhos numa tarefa que deve ser feita por um profissional dedicado, e que envolve know-how. O copywriting é uma dessas tarefas.
[bctt tweet=”Se está a pensar em criar a sua própria copy para o site, ou dar ao seu ‘facebookgiário’, não o faça.”]
Mas não é só contratar alguém e já está. É necessário chegar a um consenso com todas as partes envolvidas no projeto, e definir a sua “voz”, o tom e a mensagem que quer passar ás pessoas, e quais os objetivos para o site, ou até para cada página.
E porque o copywriting é uma disciplina da escrita persuasiva, pense numa estrutura apropriada para as páginas do seu site.
Um modelo que pode seguir (e que funciona) é este:
- Identifique a DOR do leitor. O que é que não o deixa dormir à noite?
- Descreva o que PODE fazer por ele e como o faz.
- Explique a VANTAGEM para o leitor. Quais os benefícios para eles?
- Mostre PROVA: testemunhos, case studies, certificados, estatísticas.
3. Lento como uma tartaruga
O seu site pode ser muito bonito e bem desenhado, intuitivo e apelativo em várias frentes, mas se ele carrega lentamente, nada disso interessa. Os seus potenciais clientes abandonam o site vão para outras bandas, possivelmente a sua concorrência.
O seu site tem de carregar depressa tanto para aqueles que têm uma ligação à internet mais lenta, como os que têm ligação à net rápida, porque muitas pessoas não têm paciência que um site carregue.
Um estudo mostra que 47% dos utilizadores na internet esperam que um website carregue em 2 segundos. O estudo é de 2014, portanto imagino que as pessoas estejam mais impacientes atualmente.
[bctt tweet=”47% dos utilizadores na internet esperam que um website carregue em 2 segundos”]
Se o seu site demora mais do que isto está potencialmente a perder metade dos seus clientes. Isto é mais agravado em dispositivos móveis, em que os utilizadores são mais impacientes e para piorar, têm ligação à internet mais lenta do que num PC de secretária.
Se acha que a velocidade dum website não interessa, então ponha-se a pau, porque para o Google interessa, e interessa bastante. Eis um vídeo duma responsável oficial do Google a falar como a velocidade dum website conta como fator de posicionamento no motor de busca.
Para testar a velocidade do seu website:
4. Você teve o que pagou
É provável que o seu orçamento disponível seja uma preocupação para si. Mas, enquanto é bom estar ciente do dinheiro, não o queira gastar de forma miserável: a sua presença na web é a sua hipótese de fazer uma 1.ª impressão.
Numa altura em que as pessoas distraem-se facilmente e têm tempos de atenção limitados, as primeiras impressões contam muito.
Se contratar alguém para lhe desenvolver um site que acaba por ficar além das suas necessidades e expectativas, vai acabar por ter de contratar um profissional para emendar os remendos do outro. Aquilo que parecia ser um bom investimento a curto prazo veio revelar-se uma má decisão. Invista num profissional.
Numa altura em que as pessoas distraem-se facilmente e têm espaços de atenção limitados, as primeiras impressões contam muito.
O seu website não é um projeto para “fazer e esquecer”. Assim como a moda e a música, as tendências e os gostos nesta área evoluíram ao longo dos anos. Aquilo que era “fixe” há alguns anos hoje é piroso.
Certas designações como design responsivoum website que se adapta ao dispositivo passaram de “ser bom ter” para “obrigatório ter”.
Um website adaptado a dispositivos móveis é uma necessidade, e para manter-se ao corrente dos tempo e satisfazer a expectativa do consumidor, precisa de ter uma agência profissional ao seu lado, especialmente se está à procura de gerar leads.
5. Não tornar o site responsivo
Web design responsivo é uma técnica que permite o site adaptar-se ao dispositivo em que está a ser acedido.
Isto é incontonável no panorama em que vivemos. Ao ser responsivo, para o utilizador isso significa que não tem de andar a fazer tanto scroll ou a fazer zoom in. É menos trabalho que damos ao utilizador (o que é bom), proporcionando uma melhor experiência para ele.
[bctt tweet=”Web design responsivo é uma técnica de web design que permite ao website adaptar-se ao dispositivo.”]
É também bom a nível de SEO e dos motores de busca, pois não é necessário um domínio dedicado para o site móvel (m.dominio.com) para servir os visitantes que vêm dos dispositivos móveis.
Assim, todo o conteúdo que a sua marca criar será apresenta a todos os visitantes, independentemente do aparelho a que estão a aceder o seu website.
6. Contratar uma agência de SEO depois de criar o site
Quem desenvolve um website pode não ter as competências técnicas de marketing e dos motores de busca. O web developer em questão pode não ser incompetente, mas simplesmente não é essa a sua área de atividade, mesmo que tenha lido “umas coisas” sobre isso. São áreas diferentes e requerem profissionais diferentes.
Por isso, é que precisa de contratar uma agência digital completa antes do site ir online, para verificar se os developers implementaram uma arquitetura web amigável dos motores de busca e do Google.
As páginas devem ser organizadas de forma intuitiva, as migalhas de pãolinks que permitem ao utilizador retraçar os seus passos (breadcrumbs) precisam de estar nos sítios certos, as URLs devem incluir as palavras-chave mais relevantes, etc. Leia o guia do SEO para mais informações.
Uma agência de SEO pode também aconselhar qual o conteúdo que pode reutilizar de versões antigas o seu site. O utilizador comum na internet não gosta de ver páginas com 404 não encontrado, e um profissional saberá redirecionar essas páginas com direcionamentos 301 para que as suas páginas não percam posicionamento após a transição.
7. Não querer saber da CMS usada
CMS (Content Management System) é um gestor de conteúdos no qual o seu website pode ser montado.
Certos gestores de conteúdo são difíceis de usar da ótica do utilizador comum (você ou a sua equipa), enquanto outros gestores de conteúdo são mais acessíveis e amigáveis.
Há várias CMS há escolha, que são integradas com o seu site, em que este é criado em cima do gestor, permitindo-lhe gerir os conteúdos no seu site. Peça uma sugestão à agência duma CMS que seja fácil de usar (algumas que aconselhamos são Drupal, ExpressEngine e WordPress).
O nível de gestão que pode fazer poderá estar dependendo dos níveis de permissão. Em dúvida, não mexa, e peça formação ou consultoria adicional à agência com a qual trabalha para poder desenrascar-se no futuro.
8. Querer ser perfeito
Para algumas empresas, o website é como que o filho primogénito, é especial. Criou-o, acompanhou-o e trouxe-o à vida. Mas o seu website não é especial para todos, e as coisas com as quais se agonia nem sempre serão tão importantes quanto pensa que são.
Não vale a pena gastar grandes quantidades de tempo e energia a escolher qual a cor específica de azul que quer para o menu do site, ou ter as fotos da equipa de frente, em vez de estarem em perfil.
Preocupe-se com aquilo que interessa, com aquilo que lhe vai dar os 95% de resultados, e não os 5% que não interessam, pelo menos por agora. Verifique se o website como um todo cumpre o seu objetivo, antes de se preocupar com detalhes, que até podem ser fáceis de resolver.
Para algumas empresas, o website é como que o filho primogénito, é especial.
Quando o principal estiver resolvido, então aí é que pode virar a sua atenção para aquelas coisas em que queira implicar, como mudar a cor aqui ou ali, o espacejamento, colocar o vídeo noutra página, e todas as outras melhorias que podem ser feitas após o principal estar resolvido.
Estabelecer prioridades é tão importante no web design como é na vida real, como competência técnica e profissional.
Conclusão
Evite estes erros e consiga ter aquele site que sempre quis, online e a funcionar. Contacte-nos porque na nossa equipa podemos ajudar a aproveitar o trabalho que já tem com content marketing, landing pages e marketing para os motores de busca.