Um novo website pode representar um grande investimento, tanto em esforço, como tempo e dinheiro.

Se quer começar o seu projeto da melhor maneira, eis 8 questões nas quais deve refletir e ser capaz de responder ao conversar com o seu gestor de projeto/consultor/web designer.

1. Porque quer criar um website?

Muitas vezes quer-se redesenhar um website pelas razões erradas. Ou é porque é antiquado, ou devia ter isto mais para cima ou aquilo mais para baixo, etc. Mas será que isso interessa? Qual é o verdadeiro objetivo de toda esta maçada? Qual é o objetivo que pretende com ele? Como é que a sua estratégia web se alinha com os objetivos da empresa?

Algumas respostas possíveis poderiam ser:

  • Queremos comunicar o que é importante para nós, sendo que a nossa meta é aumentar o alcance e exposição da empresa;
  • O website deverá ser uma máquina de marketing para nos ajudar a converter leads em clientes pagadores;
  • Somos uma organização sem fins lucrativos e queremos aumentar o número e tamanho de doações que nos fazem online.

A sua resposta a esta primeira pergunta vai ditar a estratégia geral do design do website, leve isto a sério logo ao princípio respondendo à pergunta “porquê é que eu quero um website?”

2. Quem vai usar o website?

Num mundo ideal, o seu developer ou o consultor com que irá trabalhar deverá levar o seu tempo a rever o tipo de pessoas que visitam o seu website, de forma a perceber as necessidades e os hábitos dos visitantes. Isto é importante para estruturar o website de forma a incentivar os visitantes a tomarem algum tipo de ação específica que quer que eles tomem.

Dá muito trabalho? Talvez nem dê tanto. Uma boa maneira de fazer isto é ao fazer uso dos buyer personas, que é o tipo de cliente que tem algum interesse específico na sua empresa. Elabore os seus buyer personas para poder colocar os visitantes do seu website em segmentos representativos.

Algumas ideias para criar os seus buyer personas:

  • O que é que eles fazem na vida?
  • Quais os objetivos e obstáculos que eles têm?
  • O que é que eles lêem, vêem ou ouvem (TV, revista, livros, websites, outros)?
  • Os seus visitantes são sofisticados? São “compradores rápidos” ou “compradores tardios”?
  • Qual o sexo? Idade? Salário? Nível de educação? Onde vivem?
  • Estão no Facebook, LinkedIn, Twitter e outros? Há outros sítios onde possam estar online?
  • Que palavras usam mais? Há algum tipo de linguagem mais apelativa que pode funcionar bem com eles?

Examine o que quer que o seu buyer persona acredite ou aprenda sobre a sua empresa. Que ações quer que ele tome quando chegar ao seu website?

3. Quem fornece o conteúdo?

Dizem pela web que “o conteúdo é rei, o design é rainha”. O conteúdo deve preceder o design, para que este não seja apenas mera decoração de Natal.

De onde vem o seu conteúdo (texto, imagens)? Já está pronto? Tem um copywriter dedicado que lhe criará texto persuasivo e eficaz? Se não, quem o vai criar? Quão rápido precisa dele? Ou quão frequentemente é que terá de criar novo conteúdo(por exemplo, para a secção do blog)?

Uma ideia potencial a desenvolver é criar conteúdo para buyer personas específicos.

Mas não se fique apenas no texto. Vai fazer uso de fotos e vídeos? Quem vai tirar as fotos? Um profissional? Quem vai tratar as fotos? Haverão outros elementos que precisa, tais como guias, ebooks ou estudos de caso que queira apresentar aos visitantes?

4. Que palavras-chave são importantes para si?

Todos nós queremos estar no primeiro lugar dos resultados naturais de pesquisa para sermos relacionados com a nossa indústria. Mas antes de começar a escrever o seu conteúdo, saiba quais são as palavra-chave nas quais quer apostar para que tenha a remota hipótese de poder vir a ser encontrado.

Há um ditado dos índios nativos norte-americanos em que só conhecemos o outro quando passarmos um dia inteiro nos mocassins dele. Coloque-se nos mocassins da pessoa que está à procura do tipo de produtos ou serviços que vende. Faça um brainstorming de palavras que ache que lhe podem trazer o melhor tráfego (visitantes), não necessariamente mais tráfego.

Se é um restaurante, esqueça tentar otimizar a palavra-chave “restaurante”. Cá dentro (Portugal) e lá fora (outros países de Língua Portuguesa) esse termo tem centenas de milhares de concorrentes, boa sorte com isso. Quem lhe prometer primeira página de resultados orgânicos para um termo tão genérico (apesar de competitivo), vai ter problemas em poder apresentar esse resultado sem recorrer a “magia negra”.

É muito mais relevante se dedicar os seus esforços a algo do género “restaurante self-service lisboa” (partindo do princípio que está em Lisboa e é self-service). Desta forma, o termo é mais específico, qualquer visitante que obtenha estará mais propenso para se tornar um consumidor.

O seu consultor ou developer do website poderá trabalhar consigo para ajudar a criar-lhe uma estratégia sólida de palavras-chave ao elaborar o conteúdo (texto e outros) para o seu website. Ainda assim, também é bom fazer o seu próprio trabalho de casa, através de braintorming para elaborar uma lista de meia-dúzia a uma dúzia de palavras relevantes para a sua atividade.

5. A sua marca tem força?

Há empresas que têm uma identidade apelativa e um grafismo visual congruente entre os vários materiais de marketing, tais como logótipo, estacionário, etc. Ter um website para este tipo de empresas é o próximo passo lógico.

Mas é necessário ter uma marca forte com um sistema visual congruente e bem pensado. Se o seu logótipo é azul, o seu website não deverá ser vermelho pois não? Isto é um exemplo simples, mas é só para passar o conceito. Antes de iniciar algum projeto de web design ou desenvolvimento web, deve-se elaborar um esquema de cores para o design. Na nossa agência trabalhamos com o cliente ao estudar a marca atual dele para tornarmos o bolo congruente, e não apenas as fatias.

Sem um esquema de cores, uma estratégia visual para a marca, não haverá consenso no design e os custos aumentarão para o cliente à medida que pede alterações fora do âmbito do projeto. Daí ser bom ter um manual de normas na criação do logótipo e outros materiais de marketing, que deve ser feito por uma agência profissional.

Saiba pelo menos o seguinte:

  • Logótipo e tagline – já tem um logótipo profissional? Precisa de um novo?
  • Esquema de cores – qual a sua cor primária? Sabe o que são Pantones ou esquemas hexadecimais? Quais são as suas cores secundárias ou complementares?
  • Tipografia – tem um tipo de letra padronizado? Há certos métodos de tipos de letra na web que podem não estar em sintonia com o tipo de letra usado na sua empresa.

O seu consultor ou web designer poderá acompanhá-lo neste processo, assim como explicar outros conceitos mais avançados. Apesar desta ajuda, convém, por si mesmo(a) ter a resposta a estas perguntas para não ficar desamparado(a).

6. Quanto irá investir após finalização do website?

O website é apenas o começo, pois haverá uma série de coisas para fazer após o lançamento, que podem incluir:

  • Criar e publicar novo conteúdo (duma vez, contínuamente);
  • Perceber o que está a funcionar e o que não está;
  • Fazer testes A/B de conversões;
  • Acrescentar novas funcionalidades imprevistas;
  • Usar as redes socias como parte da sua estratégia;
  • Criar inbound links;
  • Lançar promoções e ofertas (dependendo do seu mercado);
  • Elaborar um plano de email marketing;
  • Outros (aconselhe-se com o seu consultor).

7. O que está a concorrência a fazer?

Faça uma lista dos concorrentes, ou outros que possam ser semelhantes ao que faz ou vende. Examine o website deles.

  • O que é que gosta ou desgosta do website deles?
  • Que funcionalides gostaria de replicar no seu?
  • Eles usam todos os mesmo tipo de azul como cor primária? Quer fazer o mesmo ou diferenciar-se deles?

Se estiver para aí virado, poderá ser útil criar uma folha de dados (Excel, Google Docs) dos seus concorrentes, para analisar métricas, tais como o ranking da Alexa deles, qual o endereço da secção de blog deles, o número de páginas que consta no index do google, os links que apontam para o websites deles, entre outros.

Para o(a) ajudar nesta tarefa, leia as 14 ferramentas para espiar a concorrência.

8. Fez revisão das suas métricas?

Existem várias plataformas para medir os seus métricas, como o Crazy Egg, Piwik, entre outros, mas o Google Analytics é uma das mais conhecidas e potencialmente mais usadas. A maioria dos nossos clientes usa o Google Analytics para analisar informação sobre os seus visitantes.

Como mínimo, procura saber:

    • De onde vem o meu tráfego atualmente? Redes sociais, anúncios, google, bing, blogs?
    • Qual o conteúdo e as páginas mais populares?
    • Os seus visitantes entendem-se com tecnologia atual? Pode ter uma ideia disto ao examinar a versão do browser e resolução de ecrã. Por exemplo, se uma parte significativa dos seus visitantes estiverem a usar o Internet Explorer 7.0 com uma resolução de 1024×768, provavelmente não são lá muito sofisticados.

Aconselho a leitura do artigo Fundamentos marketing Google: Analytics para o ajudar nesta área.

Ao obter resposta para estas oito perguntas vai estar bastante à frente da maioria das empresas.

 

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