Como mencionamos anteriormente, criar ou mudar o nome da sua empresa não é tarefa fácil. Descoberta, brainstorming, refinamento, testes, seleção e lançamento, o processo é rigoroso e exaustivo, mesmo antes dos advogados analisarem a sua seleção final a pente fino.
Uma coisa que lhe dará vantagem, é a compreensão dos tipos de nomes de marca existentes. Tem na sua memória muitos deles desde a Apple à IBM, do Google ao McDonald’s, talvez não saiba é, qual é qual.
Uma compreensão da tipologia de nomenclatura permitirá que defina melhor as principais medidas de sucesso, como metas e critérios, antes de começar a bater a cabeça na parede, ao tentar encontrar o nome perfeito para a sua marca.
São divididos em 7 categorias:
1. Descritivo
Os nomes de marca descritivos são aqueles que transmitem o serviço ou produto oferecido pela empresa. Por este motivo, eles tendem a ser comuns.
Embora, funcionais e utilitários, os nomes descritivos deixam pouco espaço para a criatividade da marca, ou para a interpretação do público. Estamos a falar de nomes como A Tarte, Cantinho das Aromáticas, Carglass, The Body Shop,Toys R Us, E*Trade, General Motors ou YouSendIt.
A vantagem dos nomes descritivos, é que eles comunicam claramente a história da marca e o serviço ou produto oferecido. A desvantagem, é que eles impedem a marca à medida que ela cresce e começa a diversificar.
Os nomes descritivos, também são muito difíceis de registar, pois, baseiam-se em palavras ou frases comuns.
2. Evocativo
Os nomes evocativos empregam sugestões e metáforas, para trazer à mente a experiência ou o posicionamento de uma marca. Eles são singulares e criativos, e são diferenciadores poderosos.
Tendem a ser não-lineares e multidimensionais, eles representam uma oportunidade de criar uma marca cheia de significado, o que se torna mais relevante do que o nome dos produtos e serviços que oferece.
Eles costumam ser o pilar do posicionamento de uma marca. Exemplos poderosos incluem Nike, Patagonia, Amazon e Virgin. Devido à sua originalidade, os nomes evocativos são muito mais fáceis de registar do que os nomes descritivos.
3. Inventado
A melhor parte dos nomes de marcas é que se não encontrar a palavra perfeita, sempre poderá inventar uma. Nomes inventados são invenções fantasiosas que não são nada mais do que distintivos.
Estes tipos de nomes oferecem mais liberdade criativa para uma marca, mas isso não significa que eles são fáceis de inventar. Muitos são construídos a partir do latim, grego ou outras palavras-chave estrangeiras, e modificadas para melhor incorporar a personalidade da marca.
Kodak, Twitter, Google, Yahoo, Exxon, Xerox e Verizon são bons exemplos de nomes inventados que conseguiram criar um valor de marca monumental ao longo dos anos. O desafio com os nomes de marcas inventados, é que eles não têm uma definição inerente além daquela que lhes foi atribuída.
Embora, eles sejam muito fáceis de registar, podem exigir muito tempo e grandes gastos em marketing para estabelecer significado aos olhos dos clientes.
4. Lexical
Um nome de marca lexical conta com um jogo de palavras para serem memorizados. Trocadilhos, frases, palavras compostas, aliteração, onomatopeia, erros de ortografia intencional e palavras estrangeiras são exemplos deste tipo de nomes.
Estes nomes costumam ser inteligentes, e obtêm o seu impacto ao emparelhar ou modificar palavras existentes para efeito linguístico. SCIENCE4YOU, Burger King, Coca-Cola, Dunkin ‘Donuts, Jelly Belly, YouTube, Facebook, WordPress, Krazy Glue, Volare e Sizzler Steakhouse, etc., são exemplos de marcas com um nome lexical.
O risco com este tipo de nome, é que está entre os mais, vendedores do grupo. O público contemporâneo foi exposto a décadas de técnicas de publicidade enganosas e provavelmente não se identificará com jogos de palavras inteligentes, a menos que seja extremamente subtil e criativo.
5. Acrónimo
Este é um tipo de nome com finalidade direta e utilitária. As siglas são usadas para nomes de marcas desde os tempos primordiais. Marcas como HP, IBM, AARP, BP e UPS não foram prejudicadas, pelo menos, pelo fato do seu nome nada mais serem do que uma série de letras maiúsculas não relacionadas.
Hoje em dia, seria difícil, para uma startup encontrar um ótimo motivo para dar um nome acrónimo à sua empresa, mas como estratégia de rebranding, funcionou bem para marcas como Aflac.
A KFC, conseguiu resistir tão bem à reação dos consumidores contra as gorduras trans, que agora voltou à identidade vintage do Kentucky Fried Chicken. Por regra, os acrónimos são difíceis de lembrar para o público, e ainda mais difícil para os advogados registarem a marca.
6. Geográfico
Quintas de Melgaço, Claus Porto, Maçã de Alcobaça, Lágrima do Mondego, às vezes as marcas estão inseparavelmente ligadas à região onde nasceram. O nome geográfico imbui uma marca em todas as associações culturais e históricas pelas quais o seu homónimo é conhecido, para o melhor ou para o pior.
Muitas vezes, encontra estes nomes usados por empresas que antes atendiam a um público limitado geograficamente, mas que o tornaram maior. Dar um nome ou mudar o nome da sua marca baseado na sua região de origem obviamente possui limitações inerentes.
Para além desta limitação, este tipo de nome já foram quase todos usados. Coloque um nome de uma cidade ou região à frente de um produto ou serviço e, é quase certo que encontrará uma empresa existente.
7. Fundador
Seja por motivos de herança ou orgulho, vão sempre existir marcas com o nome dos seus fundadores. Esta tradição remonta, também às primeiras marcas.
Houve um tempo em que os Fords percorriam todas as ruas e a Kellogg’s estava em cima de todas as mesas do pequeno-almoço, quando havia poucas marcas cujos os nomes eram os dos seus fundadores.
Atualmente, nomes baseados em fundadores são menos comuns, mas marcas como Bordallo Pinheiro, Ben & Jerry’s, Martha Stewart, Ralph Lauren e Mrs. Fields certamente as fizeram funcionar.
Além, de satisfazer os egos dos seus diretores, os nomes dos fundadores são definitivamente fáceis de registar.
Eles podem ser distintos se posicionados corretamente, mas exigem alguns esforços de marketing para aumentar a equidade (a menos que, é claro, o fundador já seja famoso).
Conclusão
Embora os tipos de nomes sejam limitados, a lista de nomes possíveis é interminável. Se ainda não percebeu isso, vai perceber quando chegar à fase de brainstorming.
Qualquer que seja o tipo de nome que use para a sua marca, lembre-se que: um bom nome não torna um mau produto ou serviço num bom produto, mas um ótimo produto ou serviço pode tornar memorável até o nome mais estranho.
A DesignPT Agência Digital ajuda a comunicar o melhor que a sua marca tem às pessoas, de forma inteligente.
Peça-nos um orçamento, contacte-nos agora, invista na sua imagem.
Artigos relacionados:
Como escolher nome para empresa
Como escolher o nome certo para a sua marca
5 Passos para Criação (ou Mudança) de Naming da sua Marca
5 Motivos para Mudar o Nome da sua Empresa e 3 Motivos Para não Mudar
Os 3 maiores riscos de fazer rebranding
6 Formas de fazer rebranding, sem fugir ao orçamento
6 Lições de Branding que podemos aprender com a Apple
O que é uma marca?
5 Razões para Investir em Branding